N/co.

Língua ingrata do incauto
Rastejar a sola dos
sapatos
sobre o fóssil dos
ratos
narinas do asfalto

Enquanto lagartas consomem
o alimento do homem
esquecidas passadas
cavando o vazio
Secas, folhas recolhidas
durarão mais que o ontem

mais nada

Para, sopra em voltas
a volúpia nunca estancada
Declive de pernas na esquina
das palavras
.................. soltas
Para ninguém

mas nada

detém
2,3,4 tragadas
a ponta que queima
trepida da mão trêmula
4,3,2, uma entre
outras cagadas do descontínuo

que convém?
fuga, há mais
nada: insista

você des
ponta do rebuliço
na pista
deixo numa rato-
eira, o beijo
só pra apreendê-la
com o à força da pegada

Ra-
steja
vaga-
bunda

da rua
que res-
vala
coices
do embromo

não dá mais
e tiras
tudo ou nada
como-a
chama
que reclama sem fugir, nua
sem fechar a brecha
recavada entre o fingir invocado, in-
vertido em duas pernas

a orgia do maço
lentidão do largar
andarilho
te banco (este brilho)(estribilho)
passadasmágoas...
lagartasmagras...
às borboletas: asas!

Você no meu encalço, aturdia.
Ao que prefiro, andarei descalço
e já que a vida não se demora
muito, mais
nada
o escasso, a posse, o si
agarro

logo, mais
magro há neste cigarro que queima
o alvará de soltura
dos teus quadris

rouca-
mente a garganta
nas coisas sem
seu estar a dois

uma solidão
entre
a recusa e
a aproxima ação

num depois,
do nariz
sigo amar-
gurado e vago, sem frescura
-"tu nem ainda se foi e... já trago?"
Um dia ainda dou-lhe
o tapa feliz,

que sem-
pre
escapo
por um triz






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