Morre-se
na rua Amor Perfeito
esquina com a avenida
Dormideira.
Desabando da marquise
do descuido,
um reboco ciumento
apaixonado pelo vento.
Tocado o coração
não quis unguento,
bateu mais forte a vida inteira,
suspirou,
desequilibrado,
e ao sinal fechado,
repetiu sumindo:
que dia lindo.
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