Sonhos e Beijos, Azuis (para Nat)

Lábios azuis em noites breves

ouço o sopro do não da ferida
caço o silêncio que não durará
o lábio azul que já disse
para o olhos vítreos
para o azulejo tão pobre
reflexivo... não alcança nem a dor, nem a cor azul, da morte
água gélida ao som dos pingos
bebo sem saber mais um gole
a fumaça envolvente escolhe um modo
de não esconder essa fuga
a pele, mergulhada no ciclo para o primeiro sonho
sem margens, sem colagens, sem medo e se ainda é cedo para tanto
o que permanece, valerá o espanto
... sorrindo ...

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