Aqui
até mim
chega uma mensagem,
em envelope
pardo-amarelado
fico quase da cor do susto
ou da re-
vira
volta,
na
sentença
pro-
ferida
pela
ex-
só abra
em presença
do remetente,
gentilmente,
por uma
ultima vez
dessa pessoa
que resvala o absurdo,
logo
um tempo depois,
depois de não abrir
aquela carta
recebo-
a
abriu-
se uma porta
pela audácia da ainda não
rasgada
a que espera
de mim
sem susto,
qualquer absurda palavra
presencio a hesitação,
em meu gueto
quase digo, também: mas...
nem digo, em compaixão
de mim: - oi
mais nada...
Então, com ela ao lado,
certo do em vão
abro o envelope,
escrito à mão
dentro:
uma passagem,
com data
local e hora
do avião
e o recado
entregue,
em mão própria,
já
do céu ao purgatório
me desaba...
será ainda assim?
a gente
não retorna
ao início dessa
confusão?
será possível
assim, que se
entornaria
com algum amor
o que não se
transbordou
com uma paixão?
penso: que fazer da última chance?
sinto: o quê você faria...
sim ou não?
foi nossa última lição
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