Jamais (para D.Duran)

esse silêncio 
que  recolho
é a dobra 
de um tempo

até a duração 
de certas palavras, 
como que lançadas ao mesmo,

a quem talvez me dirijo,
já que de mim, que sou carne
e em breve, pó, viajar ao 
largo de mim é um só "aceite".

há: "entre",

jamais estive tão só
na multidão do que me cerca

qualquer respiração
mais longa,
da cabeça um leve 
aceno,
me desconcerta

encontra aqui ao ar livre
papel e tinta, porta aberta...
tão somente... no
tempo acolhido
por azar ou de um acaso
desse alerta

espero, espere, espera

desta dança, o que dela faço
um passo
à braço
colidindo sem disperdício 
com essa escrita...inofensiva,
aproveito: a melhor parte,
com esse seu riso.

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