Quando eu
passo o
ouvido
sobre
o abdome do não
os barulhos do mundo
são: "vir", "ser",
"ais" de meu canto
vibrando das curvas
o espanto
a canção
nas cordas da voz
cruzo as pernas
pro espaço.
Cai aqui em
meu regaço ...
a palavra: jamais
já mais do que tive
entretanto, se vive
bulindo do riso
com um grito
desses
que vieram
doutros recantos
Quando
eu passo
em você
minha lábia
fica essa nódoa
depois da névoa
dos encantos
minha marca
no copo
por um lábio,
sou pólvora
Quando passo
Para quê?
é que toco, se passo
a luz e a noite
entorto,
o "sim" do querer,
a voz na cor
da manhã
sem cansaço
a que veio depois,
pra dizer
que te deixei
pra lá
rouca das loucuras
sem medo
do fazer e do como
de partir
o violão
parindo nosso sono
sã da paixão
despedaço
mas ainda é
bem cedo
se é a vida
que abraço
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