A vida, à distância de um piscar de olhos.
Com passos sustenta o coração, em meio aos ossos.
Pisa por sobre o medo, um abismo inteiro no peito
guardado. E a estes que de algum jeito ouvem cedo,
Pois não evitam o movimento, calados
rangem a ponte, cospem no sono, cansados.
Balançando-se ao sabor da brisa ou da tempestade,
enquanto a morte, verte em seu ventre a proximidade.
Segura na distração de uma cor, um buquê em flores, cintilante
a borboleta por segundos, há pouco a vi, e já desencaminha...
O instante, do inclinar-se pela força do espaço, esvoaçante
ensina a verdade da queda, sem esconder o que se avizinha.
Diz-se no rangido equilibrado, incrédulo, arrastado: cale!
Tal vida e morte nos tocam numa só direção, há ribanceira.
Mudar, para durar tão pouco, por certo um dia, de quê vale?
Suspira e ao sentir o leve toque, desconcerto da faceira!
Debruçada por sobre um sonho, assim pousada no ombro,
acolhe o impreciso, já que tudo que é breve mente, na decisão
Faça-se em nuvem um casulo cujo sentido seja nosso assombro.
és ti muda, noviça, sossega, o que resta? dá tua mão...
Leve esboço ((καιρός)) (para Cris Rocha)
na beira de nós
seguindo pelo deslizar
na grama vasta
e o tempo se fará casca
da noz,
partindo com desejo
o "abrindo-se"
em Kairós
Abecedário da dança (para Jô Conti)
A cada hora, sussurrar ao ouvido
madrugando em si uma letra que seja
Bela a um coro de sonhos, motivo
para esquecer o real que se almeja
Conduzir a substância do presente
para o corpo que se balança
Despertar de quem não cobra o ausente
e sim delira junto uma outra dança
Escolhidos os passos entre pétalas e espinhos
lançá-los ao longe, só grama
Fique simplesmente aos pés descalços, despidos
no pulsar do coração de quem ama
Girando para 24 sentidos de gravitação
colidindo: sonhos, realidade e imaginário
Haverá 365 dias num calendário
ao menos sobre 1 a cada 4 anos para a invenção
Incêndio nos andares abaixo, estilhaçam desejos
capaz de por em tais tons de cinza e negro
Jamais outros, em rascunhos, cobiçariam realizá-lo
desobedecendo tantos outros planos
Kundalini. Km, Kg, que seriam? se agora mesmo
nesse inventário de caos e harmonia
Libertar-se das amarras é estar vivo para com alegria
alimentar o tecido da música em solfejo
Minutos a mais em vida se ganham
nessa partitura que encanta, com fome e esbraveja
Negar a fé cega no óbvio, para não se ter mais certeza
se seremos aos deuses o que um macaco, num realejo, é ao humano
Ouvir ainda isso ou outra oitava do sopro, vertigem
queda, que nos definiria como profanos
Paixão que, na desequilibrada cobiça é a miragem
mas tem sede real e a chama, sem enganos
Quiçá, faz nascer no solo algo que ama
por baixo e acima de si, fugir cristalina da artimanha
Redefinir o eixo, o solo, o céu, a terra num rosto
colidir os olhares, no realizado agora posto
Som de mais 7 horas ressurgidas no poema, assim
ou seriam 7 minutos, 7 segundos apenas?
por 8 multiplicado, 48 horas, de mim e de ti
o quê fechado nosso olhar encena?
Tímidas, as palavras entre arte e órbitas agitadiças
Usurpam da
Voz a cadência, eletrizadas em
Watts ainda, agitam-se
Xingam! em língua tupi-guarani ou
ainda humanos
Yanomami,
Zumbindo por vezes, em espírito, tons estranhos do açoite:
sombras de nós, à meia-noite.
Contudo se o sopro, não passar despercebido, tornado coisa vã
Cante pra nós, essa estrelada manhã?
madrugando em si uma letra que seja
Bela a um coro de sonhos, motivo
para esquecer o real que se almeja
Conduzir a substância do presente
para o corpo que se balança
Despertar de quem não cobra o ausente
e sim delira junto uma outra dança
Escolhidos os passos entre pétalas e espinhos
lançá-los ao longe, só grama
Fique simplesmente aos pés descalços, despidos
no pulsar do coração de quem ama
Girando para 24 sentidos de gravitação
colidindo: sonhos, realidade e imaginário
Haverá 365 dias num calendário
ao menos sobre 1 a cada 4 anos para a invenção
Incêndio nos andares abaixo, estilhaçam desejos
capaz de por em tais tons de cinza e negro
Jamais outros, em rascunhos, cobiçariam realizá-lo
desobedecendo tantos outros planos
Kundalini. Km, Kg, que seriam? se agora mesmo
nesse inventário de caos e harmonia
Libertar-se das amarras é estar vivo para com alegria
alimentar o tecido da música em solfejo
Minutos a mais em vida se ganham
nessa partitura que encanta, com fome e esbraveja
Negar a fé cega no óbvio, para não se ter mais certeza
se seremos aos deuses o que um macaco, num realejo, é ao humano
Ouvir ainda isso ou outra oitava do sopro, vertigem
queda, que nos definiria como profanos
Paixão que, na desequilibrada cobiça é a miragem
mas tem sede real e a chama, sem enganos
Quiçá, faz nascer no solo algo que ama
por baixo e acima de si, fugir cristalina da artimanha
Redefinir o eixo, o solo, o céu, a terra num rosto
colidir os olhares, no realizado agora posto
Som de mais 7 horas ressurgidas no poema, assim
ou seriam 7 minutos, 7 segundos apenas?
por 8 multiplicado, 48 horas, de mim e de ti
o quê fechado nosso olhar encena?
Tímidas, as palavras entre arte e órbitas agitadiças
Usurpam da
Voz a cadência, eletrizadas em
Watts ainda, agitam-se
Xingam! em língua tupi-guarani ou
ainda humanos
Yanomami,
Zumbindo por vezes, em espírito, tons estranhos do açoite:
sombras de nós, à meia-noite.
Contudo se o sopro, não passar despercebido, tornado coisa vã
Cante pra nós, essa estrelada manhã?
Designo (para Suliée Pepper)
Design desponta, detalhadamente
a nossa morte cotidiana.Teu secreto signo.
rascunho, desenho, por vezes e vezes mais
intentos de bravos seres intensos
imortalizo fagulhas, no instante secreto de um desejo
ritualizo a alma e o espírito, de quem em escolhas se consome
amarro o sopro ao percurso do ventos
E da vida, o quanto podes? o quanto queres?
Tanto em homens quanto em mulheres
a indiferença à arte de se viver é o que os destrói
Uma oração: amarra teus cabelos ao teu coração,
Dela, da vida, o quanto pedes?
Viver corrói:
quem ama, odeia, admira, confia, desconcerta-se.
Viver enferruja:
quem desobriga-se, adoece, pensa, duvida, cultiva.
Viver apronta:
na pele de quem está a altura do que sente.
Viver dói,
é um risco, ser alguém: e se reinventar,
em cor, em corpo, em alma.
a gosto viva,
decididamente.
a nossa morte cotidiana.Teu secreto signo.
rascunho, desenho, por vezes e vezes mais
intentos de bravos seres intensos
imortalizo fagulhas, no instante secreto de um desejo
ritualizo a alma e o espírito, de quem em escolhas se consome
amarro o sopro ao percurso do ventos
E da vida, o quanto podes? o quanto queres?
Tanto em homens quanto em mulheres
a indiferença à arte de se viver é o que os destrói
Uma oração: amarra teus cabelos ao teu coração,
Dela, da vida, o quanto pedes?
Viver corrói:
quem ama, odeia, admira, confia, desconcerta-se.
Viver enferruja:
quem desobriga-se, adoece, pensa, duvida, cultiva.
Viver apronta:
na pele de quem está a altura do que sente.
Viver dói,
é um risco, ser alguém: e se reinventar,
em cor, em corpo, em alma.
a gosto viva,
decididamente.
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