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assim
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"assim, por muito tempo, eu escrevi no deserto sem ter resposta alguma.
Para mim, durou mais ou menos vinte anos o deserto, uma espécie
de eternidade, dá no mesmo. Pensando bem, se eu escrevia, levava tão estritamente
em conta as palavras, era para chegar a essa qualidade, e não é de admirar que isso precisasse de tempo
para ser reconhecido: é preciso muita experiência para reconhecer
que uma coisa é valida, que é
válida uma vez,
duas vezes,
três vezes.
Na terceira ou na quarta vez pensamos:
deve ter algo de válido."
(Francis Ponge, Métodos, pág. 100; RJ: Imago 1997)
2 comentários:
Acho que é isso mesmo. Às vezes temos a impressão de caminharmos em um deserto árido, sob o sol forte. Com um pouco de insistência e fé (no que fazemos)o tempo pode nos mostrar o caminho das águas. Karina
Karina Inspiradíssima, disse tudo!
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