Qual o quando de cada coisa?
E
Qual a coisa de cada quando?
Quando o olhar enxerga mais do que vê, chora.
Quando os lábios dizem mais do que distendem, sorriem.
Quando o nariz investiga mais do que cheira, fareja.
Quando o ouvido escuta mais do que ouve, delira.
Quando a pele sente mais do que a toca, presente, arrepia.
Ando desequilibrando os motivos...reparo.
Cada qual quando ousa, para?
E, quando em cada qual, outra e outro, repousa ou há devir?
[Ninho-Nihilo]
............[...]
Com
uma
pedra
............[ou
não?]
ou
um
pão
............[não?]
se traz
............[?]
............[ou]
............[não]
............[o
pássaro]
............[ ]
"A"s (para Rodrigo de Luca)
A razão define a si e a outra razão,
como o próprio fio de um cabelo
encontra outro ao soprar dos ventos
e aquilo que ouve-se dizer como reto e justo,
tal qual a lenha absorve o verniz a recobri-la,
a ela adere-se superficialmente: fuligem e consentimento.
O entanto. Tal a mente inventa num cochilo em sono
sedutoras buscas, a razão é a mordaz cabeça
e para que envelheça, astuta, mantem-se fiel à nuca.
Atira misericordiosamente sobre si mesma,
o objeto certeiro, desferindo sob qualquer golpe
ou ofensa alheias, a prova do ridículo de alguma outra insistência.
A idade da razão é a da veleidade que se manteve
pois idealizada, mascarada, e encontrou sua melhor platéia.
Porém, caberia ao coração, cobiçá-la, apagar a potencia do encalço?
A irrazoável mão, audaz, que recobre pegadas na poeira,
recobre o pescoço sufocando o endurecido tronco da certeza.
Desliza suave, adivinhando alguns deslizes, perfurando a madeira
e o pulso enuncia aos fios, que o coração destoa,
que a razão é um fio solto, entre outros, loucos ao vento
e só o coração pode cruzá-los em tal delicadeza
que, ainda que fosse a ela, à trança, amarrada em exemplar piada
uma contrária hipótese, sua maior e mais pesada evidência...
manteria-se ali, suportada, implacável, ridiculamente falseada: suspensa.
como o próprio fio de um cabelo
encontra outro ao soprar dos ventos
e aquilo que ouve-se dizer como reto e justo,
tal qual a lenha absorve o verniz a recobri-la,
a ela adere-se superficialmente: fuligem e consentimento.
O entanto. Tal a mente inventa num cochilo em sono
sedutoras buscas, a razão é a mordaz cabeça
e para que envelheça, astuta, mantem-se fiel à nuca.
Atira misericordiosamente sobre si mesma,
o objeto certeiro, desferindo sob qualquer golpe
ou ofensa alheias, a prova do ridículo de alguma outra insistência.
A idade da razão é a da veleidade que se manteve
pois idealizada, mascarada, e encontrou sua melhor platéia.
Porém, caberia ao coração, cobiçá-la, apagar a potencia do encalço?
A irrazoável mão, audaz, que recobre pegadas na poeira,
recobre o pescoço sufocando o endurecido tronco da certeza.
Desliza suave, adivinhando alguns deslizes, perfurando a madeira
e o pulso enuncia aos fios, que o coração destoa,
que a razão é um fio solto, entre outros, loucos ao vento
e só o coração pode cruzá-los em tal delicadeza
que, ainda que fosse a ela, à trança, amarrada em exemplar piada
uma contrária hipótese, sua maior e mais pesada evidência...
manteria-se ali, suportada, implacável, ridiculamente falseada: suspensa.
Absorto esperanto
............*
o primevo é curto,
não acompanha o seu
declínio
............*
o segundo é curto,
não acompanha o meu
estando
............*
o minuto, é curto...
não acompanha o seu
ficando
............*
a hora é curta,
não acompanha o nosso
quando
............*
o dia é curto,
não acompanha esse
horizonte
............*
a semana é curta,
não acompanha
as ruas
............*
o mês é curto
não acompanha aquele
espanto
............*
o ano é curto
não acompanha
um lugar
............*
o momento, esse sim
talvez acompanhe
até ultrapasse o tempo
em um simples instante
............*
vida és curta, quando não mais
te acompanho
me virás em encanto
............*
o primevo é curto,
não acompanha o seu
declínio
............*
o segundo é curto,
não acompanha o meu
estando
............*
o minuto, é curto...
não acompanha o seu
ficando
............*
a hora é curta,
não acompanha o nosso
quando
............*
o dia é curto,
não acompanha esse
horizonte
............*
a semana é curta,
não acompanha
as ruas
............*
o mês é curto
não acompanha aquele
espanto
............*
o ano é curto
não acompanha
um lugar
............*
o momento, esse sim
talvez acompanhe
até ultrapasse o tempo
em um simples instante
............*
vida és curta, quando não mais
te acompanho
me virás em encanto
............*
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