Neste fato um
ao lado
Há
o não há
sejam vozes, murmúrios, sussurros
ou delírios audíveis
que calam.
Alguns apenas ouvem.
Outros nunca mais falam
disso, se busca
isso à porta
fugitivos sonhos ao cochilo
do tédio que se avoluma
o mortal tempo - fita-nos,
um moebius escriturário?
sopro de vento
ao pé da nuca
neste outro
o lado
Be
um diz-se
sinto-me, nele há de mim
à espreita, do inaudível,
desses momentos
silenciosos
surge
ruído, o jamais... sentenciado
gélido em meus ossos
o olho nubla
ao suor rubro
quê posso?
turvo do já, nela
ai de mim! tal sorte!
nubla mais
pensamento fugidio,
dia bólido, risca
da longeva lista do hábito
desse estorvo hiperbólico
maquinaria
de orgão
do nunca,
orfão
sob a alcunha
de corvo
em transe
já
mais
a gota lúcida
do entorno
transborda esse horizonte
que te ignora,
um corpo
esconderijo do viver,
o improvável, supra
ver menos
poison
Um comentário:
muito bom
complexo e denso, com vários termos caros ao romantismo mas sem soar clichê
bom mesmo
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