Neste fato um
ao lado
Há
o não há
sejam vozes, murmúrios, sussurros
ou delírios audíveis
que calam.
Alguns apenas ouvem.
Outros nunca mais falam
disso, se busca
isso à porta
fugitivos sonhos ao cochilo
do tédio que se avoluma
o mortal tempo - fita-nos,
um moebius escriturário?
sopro de vento
ao pé da nuca
neste outro
o lado
Be
um diz-se
sinto-me, nele há de mim
à espreita, do inaudível,
desses momentos
silenciosos
surge
ruído, o jamais... sentenciado
gélido em meus ossos
o olho nubla
ao suor rubro
quê posso?
turvo do já, nela
ai de mim! tal sorte!
nubla mais
pensamento fugidio,
dia bólido, risca
da longeva lista do hábito
desse estorvo hiperbólico
maquinaria
de orgão
do nunca,
orfão
sob a alcunha
de corvo
em transe
já
mais
a gota lúcida
do entorno
transborda esse horizonte
que te ignora,
um corpo
esconderijo do viver,
o improvável, supra
ver menos
poison
meio: olhar (Para Michele A.)
- olhar
- no meio de nada
onde havia,
-nada, nada, nada
-nada, nada, nada
-nada, nada, ...
olha-se e
nosso,
meio olhar
o silêncio?
brisa
-olha!
-vocês viram o?
-era o quê mesmo?!
...ah! nada.
*
- no meio de nada
onde havia,
-nada, nada, nada
-nada, nada, nada
-nada, nada, ...
olha-se e
nosso,
meio olhar
o silêncio?
brisa
-olha!
-vocês viram o?
-era o quê mesmo?!
...ah! nada.
*
Chapéu
Fiz um despacho
No palco de sua vida
Deixei um chapéu emborcado
E no lugar da cabeça um livro, de poesia.
São quase pensamentos,
Desconfio,
E quem sente as linhas sabe como é infalível
Colocar entre os dedos esses fios de linhas
E a carícia acaricia quem acaricia
Despachei de minha mente fios soltos
E revoltos de poema
Para habitar o cenário dessa vida sem palco,
Dos fatos: é o que nos distancia.
Ao menos, distanciava... pois, agora,
Já que em mãos se dispõe o chapéu
Em seu lugar preciso
Cabe até um bom motivo,
Pra você me acenar algum dia.
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