olhos
sei que não...
não mudariam de cor,
em meio a moldura dos cílios
para transmitir sensações
decisivas
e assim te diriam, algo do imperceptível
embora, depois do acontecido
o azul brilhante:
passasse...agora
do vibrante para o empalidecer
chegando mesmo, por vezes, até ao cinza,
o qual ninguém precisa
ou não se diz ou não se diga
como estações
que se confundissem
passam num equinócio desvirtuado
trazendo a hora
que ninguém pedira
e se diz se queira ou não
olhos
que se fecham
fazem das cores
um prematuro adoecer,
detalhes impassíveis, nascidos
daqueles dias, mas
lançados aos sonhos
desencontrados
ao amanhecer
olhos
que jamais perdi
pois há clareza no que vejo
ainda mesmo em ti
foram...
tão meus
Os mesmos
olhos
que o desejo aproxima
fazem-se em chama
sem aplacar
o espaço onde pelo calor,
certa vez, alguém se recolheu
e o quê será daqueles
olhos?
O que resta ao olhar:
desobedecer
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