Fio de medo, parte.
Para a melodia
em outras danças,
elas vicejam frente
ao desassossego.
Fio por fio,
daqueles cabelos,
tão soltos.
À envolver-me a memória,
entregue ao desejo de detê-los.
Fio de medo
desconfio que partas...
tal como a corda de um violino,
confio esse fato
à noviça esperança.
Solto meu sonho
ao harpejo do real.
Como temer o final?
quando a dor de um tom e a cor
que esboças, diz: "tudo podes"?
Fio do mesmo,
diferença à seguir.
Da melancolia invejosa
que não quer partir,
deixar que eu toque a vida em frente.
Esmurrar na parede, passada...
demente do agora,
o sem demora...
em meu peito,
belos fios me sufoquem.
Mas como poderiam me abafar,
quando assim me envolvem,
se percebi para que o vento
foge sem almejar por lembranças?
Possa tudo parar nessa hora.
Possa tudo desafiar a urgência,
do medo que já não tenho,
Tudo possa restar, deslizando-o
frio, em nossos dedos: o acorde.
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